60º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica

Dados do Trabalho


Título

Mamoplastia redutora : IMC versus peso da peça operatória

Resumo

Em 2023, o Hospital Universitário de Juiz de Fora realizou 30 cirurgias de mamoplastia redutora, abrangendo pacientes com idades entre 19 e 59 anos. A análise do Índice de Massa Corporal (IMC) das pacientes operadas revelou um IMC mínimo de 22 e um máximo de 30,4. Buscou-se estabelecer uma correlação entre o maior IMC das pacientes operadas e o peso da peça anatômica resultante da mamoplastia redutora.

Introdução

A mama feminina é um órgão complexo composto por vários tecidos, incluindo tecido glandular, tecido adiposo e tecido conjuntivo. O tecido glandular é predominantemente composto por lóbulos e ductos, responsáveis pela produção e transporte de leite durante a amamentação. Esses lóbulos e ductos são circundados por tecido adiposo, que fornece volume e forma à mama. Sabe-se que Índice de Massa Corporal (IMC) pode influenciar a decisão de realizar uma mamoplastia redutora. Em pacientes com um IMC mais elevado a composição das mamas pode ser afetada significativamente devido ao acúmulo excessivo de tecido adiposo. Isso pode resultar em um aumento do volume mamário devido ao maior depósito de gordura nas mamas.

Objetivo

Estabelecer uma relação entre o maior IMC da paciente operada com maior peso da peça anatômica produto da mamoplastia redutora.

Método

Foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson para avaliar a relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) das pacientes operadas no serviço no ano de 2023 e, o peso médio das peças operatórias.

Resultado

A análise dos dados mostra uma correlação muito baixa e negativa (-0.0019) entre o IMC das pacientes e a média do peso das peças operatórias.

Discussão

Esperávamos que pacientes com maiores valores de IMC tivessem maior peso de suas peças operatórias, devido ao maior volume das mamas. Entretanto, a análise dos dados mostra uma correlação muito baixa e negativa (-0.0019) entre o IMC das pacientes e a média do peso das peças operatórias. Isso sugere que não há uma relação significativa entre o IMC das pacientes e o peso das peças operatórias removidas nas cirurgias de mamoplastia redutora.

Conclusão

Não há uma relação significativa entre o IMC das pacientes e o peso das peças operatórias removidas nas cirurgias de mamoplastia redutora.

Referências

1- Correa, R. M., Assunção, L. F., SILVEIRA, F. G. L., & Garcia, E. R. B. R. (2014). Perfil e avaliação dos resultados de pacientes submetidas à mamoplastia redutora. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 29(4), 517-524
2- Barros, A. R. G. D. (2013). Avaliação do estudo anatomopatológico em mamoplastia redutora.
3- GEMELLI, L. B., ISOLANI, J. R., & GAISSLER, V. (2018). Exame anatomopatológico de rotina em mamoplastia redutora: análise de resultados. Rev. Bras. Cir. Plást, 33(0), 167-70.

Palavras Chave

mamoplastia redutora; IMC; anatomopatológico.

Área

Cirurgia Plástica

Categoria

Cirurgia Plástica

Instituições

HU-UFJF - Minas Gerais - Brasil

Autores

RODRIGO FERREIRA TOLEDO, LARISSA LEITÃO SILVA DARODA, ROMEU FERREIRA DARODA, JÚLIA VILLAÇA VALLE